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Mercado aquecido: É hora de investir em imóveis?

  • Foto do escritor: rodriguesmaia
    rodriguesmaia
  • 16 de abr. de 2021
  • 3 min de leitura

O mercado imobiliário vem se recuperando durante o último ano e já possui indicadores próximos ao período pré-pandemia. Pesquisa feita pela Datastore Series mostra que mais de 12 milhões de famílias possuem interesse em adquirir imóveis nos próximos dois anos. A intenção de compra foi apontada por 23,9% dos entrevistados, pouco abaixo do índice de 25% antes da crise sanitária com a Covid-19.

Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em conjunto com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), os lançamentos e vendas da incorporação continuam com ritmo positivo. No acumulado de 12 meses, encerrados em janeiro, o número de unidades comercializadas cresceu 21%. No último trimestre móvel, que inclui novembro, dezembro e janeiro, a alta foi de 16,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior.



Já os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) somaram R$ 24,74 bilhões no primeiro bimestre de 2021, o que representa uma alta de 83% em relação ao mesmo período do ano passado.

O aquecimento do mercado continua?

Déficit habitacional no país, taxas de juros baixas e a mudança de comportamento com a pandemia são fatores que influenciam no resultado. O alto índice de desemprego no país – ainda que Santa Catarina tenha historicamente o menor indicador para a desocupação no Brasil – é um fator que colabora com a visão de que o mercado não está em uma “bolha”, pois não há pleno emprego e renda em abundância.

O Banco Central do Brasil elevou a taxa de juros básica da economia, a Selic, em 0,75 pontos percentuais devido à pressão inflacionária. No entanto, esse indicador está em 2,75% ao ano, um dos mais baixos da história. Em 2016, por exemplo, a taxa Selic iniciou o ano em 14,50% ao ano. A taxa de juros básica interfere na taxa de juros que os bancos utilizam para os financiamentos de forma geral, incluindo os imobiliários.

Tendo isso em mente, o economista Luiz Gustavo Neves acredita que os imóveis ainda são uma fonte de investimento bastante atrativa.

— A gente ainda tem uma taxa de juros muito baixa que aquece o financiamento de imóveis, com o mercado superaquecido, fazendo com o que os imóveis sejam valorizados durante o tempo — afirma o especialista.

Setor é opção atrativa para investimentos

O economista destaca que as características do investimento em imóveis hoje são distintas de antigamente. O que antes era uma segurança contra a inflação, hoje, é uma busca para o lucro com o aluguel e a valorização do imóvel.

— Olhando para Florianópolis, com base em dados do FipeZap, a pressão por novas unidades de apartamentos proporcionou elevação de 7,5% nos preços do m² nos últimos 12 meses. Esse valor tem superado a média das 50 cidades acompanhadas pela instituição. Florianópolis é a quinta cidade no valor do m². A capital catarinense teve a 11ª maior valorização em um ano. Esse crescimento demonstra que o mercado continua aquecido, impulsionado pela alta demanda da região — concluir Neves.

Heliton Fochesato, corretor de imóveis da Fochesato Imóveis & Investimentos, que abrange a grande Florianópolis, também acredita que a expansão deve se manter pelo menos pelos próximos dois anos.

— É a hora de construir, comprar e investir nisso. Há também uma mudança no hábito das pessoas, que reflete nesse setor. Com o home office, a casa ou apartamento antigo pode não servir mais, por falta de espaço para a convivência mais frequente. Assim, grande parte das famílias que tinham dois dormitórios migrou para três dormitórios – conta o corretor.

O corretor, que trabalha com imóveis para todas as faixas de renda, destaca também a tendência de aumento das construções e da demanda por terrenos, principalmente com valores mais baixos, devido ao aumento no custo dos materiais necessários à construção imobiliária.

Fochesato concorda que com as taxas de juros de todos os bancos mais baixas, influenciados pela Selic, o mercado foi beneficiado, com melhores possibilidades de negociação. Além disso, com a Selic impactando na rentabilidade dos títulos públicos, a valorização dos imóveis se torna um investimento mais atrativo. Ele cita que, apesar da valorização na capital, os imóveis na região próxima também seguem essa tendência.

— Os clientes têm buscado muito do padrão simples até o médio, melhorando a qualidade, tamanho do apartamento e acabamentos do empreendimento. Procuram um produto de qualidade, com valor mais acessível. Em Palhoça, no Jardim Eldorado, por exemplo, o imóvel está tão bem localizado quanto a Pedra Branca, mas há opções comercializadas pela metade do preço e com acabamento muito superior. Você encontra um apartamento com dois dormitórios por R$ 253 mil. Um apartamento desse padrão na Pedra Branca custa mais de 2,5 vezes esse valor.

 
 
 

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