"2020: mercado imobiliário avança mesmo diante da nova “década perdida” da economia"
- rodriguesmaia
- 14 de out. de 2020
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Não tem jeito! Enquanto a vacina não chegar ou a população não atingir a imaginada imunidade de rebanho, os impactos da Covid-19 ainda serão sentidos - e analisados - nos mais diversos aspectos da vida cotidiana. No que se refere à economia e ao setor produtivo, especialmente o da construção civil, o que se vê são cenários distintos nos quais, de um lado, a primeira aponta para sua pior fase da história enquanto, de outro, o segundo avança - e com força.

A paralisação de praticamente todos os setores produtivos ocorrida, principalmente, em períodos distintos do segundo trimestre em decorrência da necessidade de isolamento social, aliada ao temor da perda de renda e das incertezas que o novo coronavírus carrega consigo, fez com que a variação do PIB (Produto Interno Bruto) no período chegasse aos 9,7% negativos, número quase quatro vezes superior aos também negativos 2,5% registrados no 1º trimestre de 2020.
Para o ano, a previsão de queda é de 5,03%, segundo o Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta terça-feira (13). Mesmo melhor do que o piso de -6,54%, registrado no fim de junho, o porcentual não é suficiente para tirar o país do que poderá ser sua pior recessão em 120 anos, ou seja, desde quando o dado passou a ser coletado, em 1901. Vale lembrar também que no início de 2020 a expectativa era a de se registrar o maior crescimento desde 2013, com o PIB avançando 3%, em média.
"Todo mundo conhece a década de 1980, no qual o crescimento médio anual foi de 1,6% ao ano, como a década perdida. Nós teremos que encontrar, agora, uma caracterização para a década de 2011-2020, porque perdida, comparando com 1981-1990, será pouco, pois perdida era um crescimento médio de 1,6%, e agora teremos uma queda [média anual] de 0,7% [na década 2011-2020]", compara Ieda Vasconcelos, assessora econômica do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG) e economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) ao comparar os dados dos últimos dez anos com os da até então tida como a pior década de desempenho do PIB nacional. "Nós crescemos alguns anos, mas a queda em outros, como foi o caso de 2020, comprometeu o resultado", completa."
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