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Consumo tirou país da crise, diz economista

  • Foto do escritor: rodriguesmaia
    rodriguesmaia
  • 1 de nov. de 2017
  • 2 min de leitura

O consumo das famílias tirou o país da recessão, mas a retomada vai ser lenta porque o investimento das empresas dificilmente voltará antes da próxima eleição. Essa é a conclusão obtida a partir de entrevistas com economistas do Codace, o Comitê de Datação de Ciclo Econômicos que define picos e vales de crescimento. O grupo, independente, está hospedado na Fundação Getúlio Vargas.

"Saímos da recessão, com certeza, mas temos pela frente uma retomada a passo de cágado manco", diz Affonso Celso Pastore, coordenador do Codace e da consultoria AC Pastore & Associados.

Conforme a Folha antecipou no sábado (28), na avaliação do Codace, o país deixou a recessão no último trimestre mestre de 2016. Para atestar a virada, o grupo observou vários indicadores, além Produto Interno Bruto (PIB).

Conferiram, por exemplo o comportamento da industria. Após cair 15% entre 2014 e 2015, uma "queda descomunal", diz Pastore, ela iniciou 2016 de modo errático e engrenou no final do ano.

Outro fator foi o comportamento dos consumidores. Cerca de 60% do PIB é movido pelo consumo das famílias. O sofrimento financeiro delas foi grande em 2015. Naquele ano, foram destrúidas, em média, 180 mil vagas formais por mês, "Uso um termo em latim para definir 2015: annus horribilis", diz Pastore.

Passado o baque, ele explica, a pessoa olha para a garagem e cadastra o carro no Uber; ajuda o vizinho a pintar o muro e cobra um troco. O trabalho informal tirou as famílias do sufoco.

Mas o fator decisivo, ele diz, foi a queda da inflação e dos juros, que eleva o poder de compra: "Vamos dar o crédito a quem merece: o Banco Central conduziu adequadamente a política monetária".

 
 
 

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